quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O que o mercado espera de um profissional de segurança.

Tenho recebido diariamente de nossos parceiros, empresas de segurança privada especializadas e orgânicas, solicitação para que indiquemos profissionais recentemente formados em nossa escola, para que participem de processos de seleção.
Invariavelmente o perfil exigido engloba, além da formação específica, grau de instrução de nível médio, bom relacionamento interpessoal, postura e comportamento social adequado a função de vigilante e conhecimentos de informática. Um segundo idioma é sempre muito bem vindo.
Vivemos e trabalhamos em uma região muito voltada ao turismo e que precisa de profissionais que se enquadrem nas exigências acima.
No meu modo de ver, no entanto, o vigilante deve possuir tais características independentemente se vai atuar em um hotel ou em uma indústria. Cortesia, urbanidade, postura e comportamento social adequado, além dos conhecimentos técnicos específicos são fundamentais para que o vigilante tenha sucesso em sua carreira.
Até aqui, nenhuma novidade. Mas onde estão estes profissionais? Será que estão aptos a atender as exigências do mercado de trabalho? Estão reciclando os conhecimentos adquiridos nos cursos de formação?
A cada nova turma de formação de vigilantes procuramos fazer ver aos alunos a importância da dedicação extrema a profissão. Nossa missão, como formadores, é de mostrar aos futuros profissionais de segurança quais serão os desafios que irão enfrentar na nova jornada que pretendem iniciar.
Ser vigilante atualmente é muito mais do que estar presente em uma portaria ou realizando uma ronda. O tomador de serviço quando contrata segurança está contratando na verdade a sensação de segurança. Quer dedicar-se inteiramente ao seu negócio e não se preocupar com uma atividade que não é a sua. Compete, portanto ao vigilante garantir que, por suas ações, o contratante sinta-se realmente seguro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CURSO DE EXTENSÃO EM EQUIPAMENTOS NÃO-LETAIS.

O Refúgio está autorizado pela Polícia Federal a ministrar os Cursos de Extensão em Equipamentos Não-Letais I e II.
O Diretor de Ensino do Refúgio, Joneval Barbosa de Almeida, recebeu o credenciamento para ministrar as matéras que integram o currículo dos cursos de extensão que permitem ao vigilante utilizar equipamentos não-letais na atividade de segurança privada.

O credenciamento foi concedido com base no currículo do instrutor e por ter recentemente concluido o Curso de Instrutor em Tecnologia Não-Letal realizado na empresa Condor, fabricante de produtos não-letais, no Rio de Janeiro.
O Refúgio pretende realizar os primeiros cursos de extensão no mês de Novembro.
Também o instrutor Rogério Caldeira, atualmente instrutor da máteria Armamento e Tiro, solicitou seu credenciamento o qual deve ser autorizado nos próximos dias.

Até 27 de dezembro de 2006, quando o Departamento Logístico do Exército Brasileiro publicou a Portaria 20, liberando a aquisição de equipamentos Não-letais pelas empresas de segurança privada e serviços orgânicos de segurança, as empresas privadas estavam proibidas de adquirir este tipo de produto.

Após a Portaria, elas passaram a ter este direito, desde que sigam as exigências do Departamento de Polícia Federal, órgão que controla o setor. A principal exigência do DPF é o treinamento dos vigilantes na correta utilização das armas e munições não-letais.

São os seguintes os principais benefícios da adoção de armas não-letais por parte da segurança privada

Confere aos vigilantes uma alternativa para lidar com a maioria das situações de conflito, sem colocar em risco sua integridade física e a vida de pessoas inocentes eventualmente presentes no teatro de operações. Além disso, tal alternativa evita processos por uso excessivo da força.

Confere às empresas a possibilidade de se diferenciarem em sua atuação, destacando-se pela utilização de modernos instrumentos de segurança. Além disso, também permite às empresas evitar processos por uso excessivo da força.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O IMAGEM NO ESPELHO.

A cada nova turma do Curso Básico de Formação de Vigilantes que iniciamos no Refúgio, temos a expectativa de saber quantos daqueles alunos de fato irão ser absorvidos pelo mercado de trabalho e, quantos deles se perpetuarão na profissão.
Durante a aula inaugural tenho procurado fazê-los perceber quais serão as dificuldades que irão enfrentar e de que forma poderão ultrapassar os obstáculos que encontrarão para tornarem-se de fato profissionais de segurança privada.
A primeira e mais importante lição que os alunos podem extrair da primeira aula é de como eles devem ser vistos pelos recrutadores(as) das empresas especializadas que buscam, incansavelmente, profissionais de primeira linha para suas empresas.
A postura e apresentação pessoal, portanto é fator preponderante neste momento.
Para que eles de fato entendam a mensagem que desejo transmitir, solicito que todos se olhem em um grande espelho. Peço que reflitam sobre a imagem que vêem. Aquela imagem refletida no espelho é a imagem que o mercado de trabalho enxergará.
Pergunto à turma se gostaram das imagens que viram. Se contratariam para suas empresas um profissional de segurança que se parecesse com aquela imagem.
Invariavelmente neste momento faz-se um silêncio mórbido na sala de aula. Os olhares se desviam, as cabeças baixam e poucos são os alunos que respondem afirmativamente minha simples pergunta.
Pois bem, o simbolismo da imagem refletida no espelho serve para que os alunos entendam o quão importante é a postura e a apresentação pessoal do vigilante. Os modismos de época (bonés, piercing, bermudões, tatuagens extravagantes, adornos exagerados, homens com longas madeixas e barba por fazer) não são bem vindos para um profissional de segurança.
Não defendo aqui, é claro, que por possui uma tatuagem discreta, ou em suas horas de lazer usar bermuda, um aluno não possa tornar-se um excelente profissional. Minha convicção é de que os exageros devem ser evitados a qualquer preço. O uso apropriado das palavras (gírias são inimigas mortais do vigilante) no momento da entrevista e com o objeto de tão somente responder as questões propostas pelo entrevistador, é fundamental.
Nosso maior orgulho ao término de cada curso é perceber que as imagens refletidas no espelho mudaram. Nele agora se refletem imagens de verdadeiros profissionais. De alunos que entenderam nossa mensagem e tornaram-se profissionais de segurança.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Empresas de segurança e vigilância devem pagar taxa de renovação de registro de armas.

A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou por unanimidade o recurso do Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Rio Grande do Sul (Sindesp) contra a Fazenda Nacional. O sindicato pretendia interromper a cobrança da taxa de renovação de registro de armas. A relatora do processo é a ministra Eliana Calmon. A empresa recorreu ao STJ contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que reconheceu a exigibilidade da taxa. O TRF4 considerou que não haveria nenhuma exceção legal relativa ao pagamento, estando, pelo seu próprio ramo de atividade, ainda mais obrigado a regularizar sua situação. Apontou ainda que o artigo 6º, inciso VIII, da Lei n. 10.826, de 2003 (Estatuto do Desarmamento), define o direito dos empregados das empresas de segurança e vigilância de portar armas, mas não isenta o pagamento das taxas. No recurso ao STJ, o Sindsep alegou que não teriam vigência os artigos 2º e 3º do Estatuto do Desarmamento, que respectivamente definem as atribuições do Sistema Nacional de Armas (Sinam) e o modo como é feito o registro de armas. Também seria inválido o artigo 20, incisos VIII e IX, da Lei n. 7.102, de 1983, que determinam que o Ministério de Justiça, ou por convênio com as Secretarias Públicas de Segurança, autorize a aquisição, posse e controle de armas e munições, e o artigo 45 do Decreto 89.056, no mesmo sentido do artigo anterior. Para a defesa, as empresas de vigilância patrimonial não estariam englobadas no Estatuto do Desarmamento, já que teriam legislação especial própria do setor. No seu voto, a ministra Eliana Calmon considerou, entretanto, que devido às limitações dos artigos 102, III, e 105, III, da Constituição Federal, o STJ não pode rever a questão. Mesmo se superada essa questão, não haveria como atender o pedido, já que não existe previsão no Estatuto do Desarmamento de qualquer isenção do pagamento de taxas referentes ao porte de arma. Por fim, apontou ainda que incide no caso a súmula 283 do Supremo Tribunal Federal (STF), que veda o recurso extraordinário se a decisão recorrida assenta-se em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrangeu todos eles.

sábado, 8 de agosto de 2009

Advogados trocam acusações sobre papel de Blackwater no Iraque.

Daniel Dombey
em Washington (EUA)

Em um tribunal norte-americano na cidade colonial de Alexandria, advogados estão trocando acusações -inclusive de contrabando de armas, ameaças de morte e ódio ao islamismo- sobre um dos momentos mais traumáticos da guerra do Iraque.

O alvo de muitas das acusações é a Blackwater, empresa de segurança privada hoje conhecida como Xe, que perdeu sua licença para operar no Iraque após 17 iraquianos serem mortos em um tiroteio na praça Nisour, em Bagdá.

Enquanto o Departamento de Justiça americano acusa de homicídio cinco antigos prestadores de serviço da Blackwater no Texas, o caso na Virgínia é civil, promovido a partir de acusações de sobreviventes e das famílias enlutadas, contra a própria Blackwater.

Nos últimos dias, os argumentos do caso de Virgínia foram ofuscados por dois depoimentos anônimos de cidadãos americanos que, em nome dos querelantes, alegam terem testemunhado crimes cometidos pela Blackwater e seu fundador, Erik Prince. Este deixou o cargo de diretor executivo neste ano, mas ainda é membro do conselho.

"Cidadão 1" diz ter entrado na Blackwater depois de ser liberado do serviço aos marines. Ele explica porque preferiu ficar anônimo: "Temo a violência contra mim em retaliação por submeter esta declaração... descobri com meus colegas da Blackwater e com antigos colegas que pessoas forneceram ou planejavam fornecer informações sobre Erik Prince e a Blackwater foram mortas em circunstâncias suspeitas."

"Cidadão 2" já faz acusações diretas: "Em várias ocasiões após minha partida do serviço do Sr. Prince, seus administradores me ameaçaram pessoalmente de morte e violência".

A empresa com base na Carolina do Norte não respondeu a pedidos de esclarecimentos.

Entretanto, em um memorando levado ao tribunal nesta semana em apoio à moção dos réus para limitar os comentários extrajudiciais dos promotores, seus advogados chamaram os documentos de "afirmativas obscenas que, mesmo que fossem verdadeiras, seriam absolutamente irrelevantes para qualquer questão diante deste tribunal". Além disso, denunciaram a "campanha para que este caso seja julgado pela mídia e o impacto resultante prejudicial para os potenciais jurados".

O memorando acrescenta: "A promotoria simplesmente se envolveu em uma campanha organizada para fomentar a cobertura da imprensa das alegações inflamatórias e não substanciadas contidas nos depoimentos dos 'cidadãos'."

Em seu depoimento, "Cidadão 1" alega que a Blackwater usou sacos de ração para contrabandear armas para o Iraque e "sabia que parte de seu pessoal usava de força excessiva, injustificada e fatal intencionalmente" e não fez nada para detê-los. Ele conta três incidentes nos quais os funcionários da Blackwater atiraram sem motivo contra carros iraquianos, com resultados fatais. Ele disse que os incidentes foram filmados, mas que os funcionários da empresa apagaram as fitas.

"Cidadão 2" alega que Prince operava uma rede de empresas para "esconder as contravenções, fraudes e outros crimes... de forma a evitar a detecção de esquemas de lavagem de dinheiro e de evasão de impostos". Ele acrescenta que Prince se "considera um cruzado cristão com a tarefa de eliminar os muçulmanos e a fé islâmica do mundo e que enviou intencionalmente determinadas pessoas que compartilhavam sua visão de supremacia cristã ao Iraque, sabendo e querendo que esses homens usassem todas as oportunidades disponíveis para matar os iraquianos".

Em uma observação bizarra, o depoimento do "Cidadão 2" diz: "Muitos desses homens usavam sinais dos Cavaleiros Templários, guerreiros que lutaram nas cruzadas". Além disso, o documento refere-se à "troca de mulheres e um círculo sexual" dirigido pelas "operações da Carolina do Norte do Sr. Prince".

Os réus -inclusive empresas da Blackwater e o próprio Prince- argumentaram que os querelantes não têm evidências e usam "alegações sensacionalistas e sem fundamentos" para induzir os jurados a preconceitos.

Tradução: Deborah Weinberg

segunda-feira, 16 de março de 2009

A formação dos Profissionais de Segurança Privada

“Um exército pode ficar cem anos sem lutar, mas nunca um minuto despreparado”
(Napoleão Bonaparte)

Espelhando-se na frase anterior e transportando o sentido da mesma para a atualidade no segmento de Segurança Privada, conclui-se que é imprescindível a preparação constante do Profissional de Segurança Privada.
A partir da promulgação da Lei 7102/83 e da Portaria 922/95 foram estabelecidos parâmetros mínimos relativos aos requisitos mínimos para a formação do profissional de segurança, entretanto, a globalização atingiu praticamente todos os setores das iniciativas privada e pública.
Houve e ocorre diariamente a inclusão digital, em conseqüência as informações circulam de maneira mais rápida. Através da internet é possível obter-se informações sobre novos métodos de treinamento, notícias e idéias acessíveis a quase todos, neste contexto é fato marcante a explosão e sofisticação da criminalidade nos quesitos: armamento, modus operandi, lavagem de dinheiro, treinamento; é neste contexto que o profissional de segurança privada deve evoluir, pois as leis que regularizam as atividades de Segurança Privada no Brasil estão em muito ultrapassadas e exemplo disso é o número III do artigo 16 da lei 7102/83 que diz:
“Art. 16 – Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos:
– ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;" não desmerecendo àqueles que possuem baixa escolaridade mas a época em que foi sancionada esta Lei (20/06/1983), este grau de escolaridade era suficiente para o exercício da profissão. Atualmente as grandes empresas dos setores de produção e serviços exigem no mínimo ensino médio e noções de informática. O Profissional de Segurança não está nos locais de prestação de serviço apenas como cláusula de seguradoras e sim na qualidade de agente preventivo de ações delituosas ou criminais.
A formação do Vigilante deverá acompanhar a evolução da sociedade e das ações da criminalidade. Muitos empresários do setor investem apenas o necessário (o que a lei manda) no Vigilante: reciclagens (a cada dois anos) e encargos trabalhistas e somente isto. Em muitas empresas não há investimentos em munições e armamentos para o exercício de suas funções, ou seja, o profissional opera em condições adversas em uma atividade que gera lucros para os acionistas da empresa. Eis um grupo de qualificações recomendáveis para um profissional de segurança privada:
- curso de primeiros socorros SBV (Suporte Básico de Vida);
- curso de combate a incêndios( Bombeiro Civil);
- curso de relações humanas no trabalho;
- curso de CQB(combate em recinto fechado);
- curso de direção tática;
- idioma(s) estrangeiro(s) (imprescindível inglês);
e todo aquele curso que for de interesse para o profissional dentro de suas atribuições, além dos cursos exigidos e reconhecidos em Lei (Formação de Vigilantes, Extensão em Transporte de Valores, Extensão em Segurança Privada Pessoal).
*Alexandre Moura de Oliveira é Consultor em Segurança Patrimonial

sexta-feira, 13 de março de 2009

Zé, a tartaruga e a galinha.

Enquanto Zé assistia, no noticiário, às centenas de empresas que demitiam milhares de empregados no mundo todo em virtude da crise, numa praia não muito distante, uma galinha caminhava pela areia, distraída a ponto de não perceber a tartaruga, e acabou tropeçando nela.
- Ei! Você está louca. Não está vendo por onde anda? – reclamou a tartaruga.
- Desculpe-me. Meu nome é Virgínia, sou uma galinha poedeira campeã mundial. Já fui Miss Crista de Ouro 2000 e atualmente faço uma pós-graduação em Marketing. Sempre produzi muitos ovos, todos grandes e com muita proteína. Já detive dois recordes mundiais: maior número de ovos colocados num ano e o maior ovo de galinha.
- Grande coisa! Ao contrário de você que põe alguns míseros ovos por semana, eu coloco duzentos ovos de uma só vez. O que você leva um ano para fazer, eu faço numa só noite. Aliás, era isso que eu estava fazendo até você aparecer e me atrapalhar...
- Já vi que você está totalmente fora do mercado – exclamou a galinha. Do que adianta você colocar milhares de ovos na areia de uma praia qualquer, numa noite escura e fria, se você não conta para todo mundo o que fez? Eu mesma sou criada pelos humanos comendo do bom e do melhor. Tenho carteira assinada, férias, seguro-desemprego, vale transporte e ticket alimentação. Eles me protegem dos predadores, tenho um lugar confortável e quentinho para dormir. O que preciso fazer? Colocar alguns ovos por semana e, claro, avisá-los quando eu o fizer para que eles possam pegá-los.
- Grande coisa! Eu sou uma pessoa livre, vivo cruzando os sete mares e não tenho ninguém, além de você, enchendo meu saco.
- Até parece! Você anda cansada porque é pesada e vive solitária. Não tem muitas amigas com quem conversar, nem um galo maravilhoso que te traz gravetos, ou melhor, flores e presentes. Se sua vida fosse assim tão maravilhosa, o IBAMA não tinha criado o Projeto TAMAR para proteger sua espécie da extinção.
- Grande coisa! O que você tem a ver com minha vida? Vá cuidar da sua que é melhor.
- Calma. Eu quero apenas te ajudar e dar algumas dicas de marketing pessoal. Até agora você não se apresentou, não disse seu nome, nem o que faz. Você precisa sair de dentro dessa casca e aparecer mais. Caso contrário será difícil conseguir algum emprego interessante. Não sei no mar, mas aqui na terra o bicho tá pegando. Qual é seu nome?
- Meu nome é Silvana, sou uma espécie que vive há milhões de anos e sou conhecida como Tartaruga Cabeçuda (Caretta Caretta). Atualmente, estou desempregada.
- Tá explicado! Você só podia ser uma cabeçuda mesma, pois não percebe que marketing pessoal é tudo! Veja você como as expressões dizem tudo. Todos gostariam de ter uma “galinha dos ovos de ouro”. Quem contrataria alguém “tão lento quanto passo de tartaruga”? O mundo atual é muito competitivo. Aprendi na vida e na Universidade que é preciso cultivar uma imagem positiva e otimista, ter uma atitude pró-ativa, construir uma rede de relacionamentos, saber se expressar, adaptar-se às mudanças, inovar, conquistar a confiança das pessoas, ser ético, assumir responsabilidades e agregar valores.
- Grande coisa! Daqui a pouco você dirá que tenho de mudar tudo o que faço. Aliás, tudo o que os de minha espécie sempre fizeram antes de mim.
- Mas é óbvio. A única certeza na vida é a mudança! A crise existe para antecipar uma mudança necessária que você vinha protelando por se achar numa zona de conforto. O sucesso que te trouxe até aqui não é suficiente para garantir seu futuro. Você terá que fazer algo mais, diferente ou melhor do que fez até agora. Ou você muda, ou continuará em extinção! Você já ouviu falar das tartarugas ninjas? Aposto que não! Ousaram e ficaram famosas mundialmente.
- Grande coisa! Por que você está perambulando uma hora dessas enquanto todas as galinhas estão recolhidas?
- Meu patrão me demitiu. Mais uma prova de que as mudanças acontecem. Reconheço que acabei me desmotivando, parei no tempo e minha produção caiu. Foi uma dura lição que eu aprendi, mas não vou baixar a cabeça. Já estou pensando no que vou fazer de diferente e melhor a partir de agora para não perder o próximo emprego. Nem que eu tenha de colocar ovos de cores, tamanhos e formatos diferentes. Afinal, você precisa fazer com que seus produtos sejam conhecidos, comprados e apreciados a ponto de continuarem comprando. Isso também é marketing pessoal!
Voltando ao nosso amigo Zé. Mal sabe ele que amanhã receberá a notícia de que também perdeu seu emprego. Resta saber: Se ele dirá “Grande Coisa!” e se conformará com o assistencialismo do governo, como a tartaruga; se correrá atrás do prejuízo como a galinha, ou se ficará sentado em seu não tão confortável sofá ameaçado de extinção. Não importa quantos ovos você tenha colocado até agora. O mais importante, em épocas difíceis, são os próximos ovos que você tem a oferecer.
Depois não diga que a galinha não te acordou!!!


Marcos Antonio de Sousa, graduado em Engenharia Eletrônica e MBA em Administração de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em vários cursos nacionais e internacionais de vendas para o mercado de segurança eletrônica. Atua como consultor de Marketing, Vendas e Estratégia Empresarial para as empresas do ramo de segurança. Consultor da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE). Conferencista em eventos realizados pela FENAVIST (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores). Colunista da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG). Palestrante nos principais congressos, simpósios e eventos de segurança eletrônica e privada do país. Articulista no Jornal da Segurança e SegNews, nas revistas Proteger, Venda Mais, Infra, Segurança&Cia, SESVESP, Security, Higi Press (ABRALIMP) e Negócio Fechado (Japão). Autor do livro: Vendendo Segurança com SEGURANÇA. E-mail: marcos@consultesousa.com

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